Os contratos futuros de petróleo encerraram em alta na quarta-feira, 9, revertendo quedas anteriores, após o governo dos Estados Unidos anunciar uma pausa de 90 dias na aplicação de tarifas de importação para países que não retaliaram as medidas comerciais americanas. Antes do anúncio, os preços do commodity atingiam os níveis mais baixos em mais de quatro anos, pressionados pela incerteza sobre o crescimento global e os impactos nas demandas. Na Nymex, o WTI para maio subiu 4,65%, fechando a US$ 62,35 o barril, enquanto o Brent para junho avançou 4,23%, chegando a US$ 65,48 na ICE.
O mercado financeiro reagiu positivamente à decisão, mesmo com o aumento da sobretaxa para a China para 125%. Analistas destacam que as tensões comerciais entre EUA e China alimentaram temores de recessão, o que poderia reduzir a demanda por combustíveis. No entanto, a queda nos preços também pode levar a cortes na produção de petróleo de xisto nos EUA, já que tarifas sobre insumos como aço elevam os custos e pressionam a lucratividade do setor.
Apesar da volatilidade, especialistas mantêm projeções cautelosas para o fim do ano. David Oxley, da Capital Economics, reiterou a expectativa de que o Brent feche 2019 em US$ 70 o barril, ressaltando que muitos fatores ainda estão em movimento. O cenário segue incerto, com o mercado atento aos desdobramentos das negociações comerciais e seus efeitos na economia global.