Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão em queda, ampliando perdas acumuladas na última semana, pressionados pelos temores de que a guerra comercial desencadeie uma recessão global e reduza a demanda pela commodity. Na Nymex, o WTI para maio caiu 2,08%, fechando a US$ 60,70 o barril, enquanto o Brent para junho recuou 2,08%, atingindo US$ 64,21. Os preços chegaram a subir brevemente com rumores de uma possível suspensão de tarifas, mas retraíram após a negativa da Casa Branca.
A volatilidade nos mercados reflete a preocupação com os impactos das políticas comerciais e o aumento inesperado da produção pela Opep+, fatores que levaram grandes bancos a revisarem suas projeções para os preços do petróleo. Além disso, a escalada das tensões entre as maiores economias do mundo, com novas ameaças de tarifas adicionais, contribuiu para o clima de incerteza. Analistas destacam que o segundo trimestre começou de forma adversa para ativos de risco, com poucos sinais de alívio no horizonte.
O cenário atual sugere que os mercados continuarão sensíveis a qualquer desenvolvimento relacionado à guerra comercial e aos movimentos da Opep+. Enquanto os investidores avaliam os possíveis efeitos de uma recessão global, a demanda por petróleo permanece sob pressão, mantendo os preços em um patamar instável. A falta de resolução para os conflitos comerciais indica que a volatilidade deve persistir no curto prazo.