Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira, 10, pressionados pelas preocupações com uma escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China, além do aumento surpreendente da produção pela Opep+ e seus aliados. O WTI para maio caiu 3,66%, para US$ 60,07 o barril, enquanto o Brent para junho recuou 3,28%, cotado a US$ 63,33. A decisão dos EUA de elevar tarifas sobre produtos chineses para 145% e a pausa de 90 dias na aplicação de parte dessas medidas geraram incertezas no mercado, limitando a recuperação dos preços.
Analistas destacam que o conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo deve frear uma alta mais consistente do petróleo, enquanto o excesso de oferta tem mantido os preços abaixo dos níveis necessários para o equilíbrio fiscal de produtores do Golfo, como a Arábia Saudita. A combinação desses fatores levou o Departamento de Energia dos EUA a revisar para baixo suas expectativas de crescimento da demanda global e dos preços do petróleo em 2021, citando os riscos ao crescimento econômico.
Caso a tendência de queda persista, os governos de países exportadores podem ser obrigados a adotar medidas fiscais mais rigorosas ou mesmo reconsiderar suas políticas de produção. O cenário atual reflete a sensibilidade do mercado a tensões geopolíticas e desequilíbrios entre oferta e demanda, mantendo os investidores em alerta para os próximos desdobramentos.