A Petrobras recebeu licença ambiental para iniciar as operações do segundo Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD) em Oiapoque, no Amapá. O centro, que funcionará como um hospital veterinário, está equipado com ambulatório, salas de cirurgia e espaços especializados para atender aves, mamíferos marinhos, tartarugas e peixes-boi. A unidade complementará o primeiro CRD, em Belém (PA), e é parte dos requisitos para o licenciamento ambiental do projeto de perfuração no bloco FZA-M-59, na Margem Equatorial.
A instalação visa mitigar os impactos da exploração de petróleo em uma região sensível, onde a Petrobras planeja investigar reservas na costa do Amapá. A empresa ainda aguarda inspeção do Ibama para iniciar as atividades, marcada para a próxima semana. A Margem Equatorial, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, é alvo de críticas de ambientalistas, mas a Petrobras destaca seu compromisso com a sustentabilidade, citando o CRD de Belém como exemplo de sua atuação.
O centro é descrito como uma estrutura moderna, capaz de realizar desde triagem até reabilitação completa de animais afetados por vazamentos de óleo. Especialistas ressaltam que a prioridade é a estabilização clínica dos animais, e não apenas a remoção do óleo. Com equipe multidisciplinar e infraestrutura especializada, o CRD inclui até um corredor de voo para aves, preparando-as para o retorno à natureza.