A Petrobras divulgou seu relatório de produção e vendas do primeiro trimestre de 2025 sem grandes surpresas, mas com sinais positivos para o balanço financeiro que será apresentado em 12 de maio. A produção de óleo, gás natural e derivados cresceu 5,4% em relação ao trimestre anterior, atingindo 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), impulsionada principalmente pelo pré-sal e pelo pós-sal profundo. As vendas, embora menores trimestralmente devido à sazonalidade, subiram 2,9% na comparação anual. A entrada de novas plataformas e poços, como o FPSO Marechal Duque de Caxias, contribuíram para esse desempenho.
Analistas avaliam os dados como neutros, destacando que a produção retornou a patamares normais após interrupções por manutenções no quarto trimestre de 2024. Genial Investimentos e Bradesco BBI apontam que os números estão em linha com as expectativas, enquanto o Goldman Sachs ressalta que as informações não surpreenderam, já que a ANP divulga dados mensais. A atenção agora se volta para o possível anúncio de dividendos ordinários de US$ 2,4 bilhões, o que reforçaria a política de remuneração aos acionistas.
Instituciones como Itaú BBA e BTG Pactual mantêm otimismo em relação aos resultados financeiros, esperando melhores margens de refino, preços do petróleo favoráveis e redução nos investimentos de capital (capex). A FPSO Almirante Tamandaré, com capacidade operacional prevista para o fim de 2025, também é vista como um catalisador para crescimento futuro. Com capex controlado e foco em dividendos, a Petrobras segue como uma das principais apostas do setor para analistas.