Uma pesquisadora de 27 anos, vinculada à UFRGS, está liderando um estudo inédito no Brasil sobre as origens do Alzheimer, com foco em identificar os primeiros sinais da doença antes do que se imaginava. Giovanna Carello Collar, premiada como uma das jovens cientistas mais promissoras em neurociências, investiga proteínas como a relina, ligadas ao neurodesenvolvimento, na tentativa de mapear quando a doença começa. Seu trabalho já rendeu 15 bolsas nacionais e internacionais, incluindo uma para doutorado em Harvard, destacando-se globalmente.
A motivação para a pesquisa vem de sua trajetória pessoal, especialmente da avó, diagnosticada precocemente aos 55 anos, e da mãe, sua primeira inspiração científica. Giovanna busca não apenas entender as causas do Alzheimer, mas também contribuir para tratamentos eficazes. “Queremos a cura ou algo que pare o avanço da doença”, afirma a pesquisadora, cujo projeto é acompanhado por outros especialistas, como o professor Wyllians Borelli.
Apesra das oportunidades no exterior, a cientista planeja retornar ao Brasil para fundar um instituto dedicado ao estudo do Alzheimer, incentivando especialmente mulheres na ciência. “Temos muito potencial aqui”, diz Giovanna, que sonha em revolucionar o diagnóstico e o tratamento da doença em seu país. Seu trabalho representa um marco para a pesquisa brasileira, com possíveis impactos globais na luta contra o Alzheimer.