Uma pesquisa recente do Wall Street Journal mostra que a maioria dos eleitores nos EUA acredita que o Congresso e o Judiciário devem impor limites aos poderes do presidente. Cerca de 62% dos entrevistados afirmam que agências federais não devem ser fechadas sem aprovação legislativa, e 58% defendem que ordens judiciais devem ser cumpridas, mesmo quando contestadas. Além disso, 55% consideram que houve excesso de delegação de autoridade a um executivo envolvido em reduções burocráticas, cujas medidas ainda não foram aprovadas pelo Congresso.
Apesar das críticas, algumas ações unilaterais têm apoio popular, como a declaração do inglês como idioma oficial do país e medidas para restringir a participação de atletas trans em competições femininas. A deportação de suspeitos de envolvimento com gangues, mesmo sem audiências judiciais, é apoiada por 55% dos eleitores. Esses dados refletem uma divisão clara entre a população sobre até onde devem ir os poderes presidenciais.
A pesquisa foi realizada com 1.500 eleitores registrados, entre 27 de março e 1º de abril, por telefone e mensagens de texto, com margem de erro de 2,5 pontos percentuais. Os resultados destacam o debate em torno do equilíbrio de poder entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, tema que continua a polarizar a opinião pública.