Uma pesquisa da Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, mostra que 56% dos brasileiros são contra a anistia aos envolvidos nas invasões às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, enquanto 34% defendem a libertação do grupo. Os entrevistados foram 2.004 pessoas entre 27 e 31 de março, com margem de erro de 2 pontos. A divisão é clara entre eleitores: 77% dos que votaram no atual presidente no segundo turno de 2022 apoiam a manutenção das prisões, enquanto 61% dos eleitores do ex-presidente são favoráveis à soltura.
O estudo também aponta que 49% dos brasileiros acreditam que o ex-presidente participou do planejamento dos ataques, percentual que se manteve estável desde dezembro de 2024. Quanto à decisão do STF de torná-lo réu, 49% consideram a medida justa, enquanto 36% a veem como injusta. A polarização se reflete nos eleitorados: 80% dos votantes do atual presidente apoiam a decisão, contra apenas 16% dos eleitores do ex-presidente.
A pesquisa evidencia a profunda divisão na opinião pública sobre o caso. Entre os que anularam ou votaram em branco, 53% apoiam a permanência dos envolvidos na prisão, enquanto 31% defendem a anistia. O diretor da Quaest, Felipe Nunes, destaca como as “torcidas” se dividem, com posições quase simétricas em alguns grupos. O levantamento reforça o clima de polarização no país em torno do episódio.
