Uma pesquisa conduzida pelo Banco Central Europeu (BCE) apontou um leve aperto nos empréstimos para empresas no primeiro trimestre de 2025, com um saldo líquido de 3% dos bancos relatando condições mais rigorosas. O movimento foi atribuído aos riscos elevados associados às perspectivas econômicas e a fatores específicos de setores e empresas. Em contraste, o crédito imobiliário registrou alívio moderado (-7%), impulsionado pela competição entre bancos, enquanto os empréstimos ao consumo tiveram um pequeno endurecimento (3%). Para o próximo trimestre, as instituições financeiras preveem um aperto adicional em todos os segmentos.
A demanda por crédito apresentou um cenário diversificado: as empresas tiveram uma leve redução líquida, principalmente devido à menor necessidade de capital de giro, enquanto a procura por financiamento imobiliário continuou a crescer fortemente, sustentada por juros mais baixos e melhora no mercado. No consumo, houve um aumento moderado na demanda. O BCE destacou que a redução do seu portfólio de ativos teve um impacto pequeno na liquidez dos bancos, sem efeitos significativos nas condições de empréstimos.
Além disso, as margens de juros líquidas enfrentaram pressão das recentes decisões monetárias, com expectativa de que o impacto continue nos próximos meses. O levantamento, que ouviu 155 instituições, reforça a percepção de um ambiente de crédito em transformação, marcado por cautela dos bancos diante de incertezas econômicas, mas com dinamismo em setores específicos, como o imobiliário.