O peso argentino fechou estável nesta terça-feira (15), segundo dia útil após a redução do controle cambial determinada pelo governo. A moeda foi negociada a 1.198 pesos por dólar, após uma queda de 11,38% na véspera. Enquanto isso, o índice S&P Merval, que mede o desempenho das ações mais líquidas do país, recuou 3,41%, após um salto de 4,70% no dia anterior, refletindo a volatilidade do mercado diante das mudanças políticas.
A nova política cambial, anunciada na sexta-feira (11), substitui o câmbio fixo por um sistema flutuante, com o peso oscilando entre 1.000 e 1.400 por dólar, e uma expansão mensal de 1% nos limites. O Banco Central poderá intervir caso a moeda ultrapasse esses patamares. A medida visa atrair investimentos e equilibrar a balança comercial, já que o câmbio anterior desestimulava exportações e limitava a entrada de dólares.
O governo também confirmou um acordo de US$ 20 bilhões com o FMI, que deve fortalecer as reservas internacionais e apoiar o plano de desinflação. A meta é acumular US$ 4 bilhões em reservas até o fim de 2024, com superávit fiscal de 1,3% do PIB. Analistas destacam que, se implementado com sucesso, o programa pode reintegrar a Argentina aos mercados globais de capitais até 2026, embora desafios como a inflação persistente e reservas insuficientes ainda permaneçam.