Por décadas, uma pedra de 3,5 quilos foi usada como peso de porta em uma casa no vilarejo de Colți, na Romênia, sem que ninguém suspeitasse de seu verdadeiro valor. A rocha, na verdade, era uma das maiores peças de âmbar já encontradas, avaliada em cerca de US$ 1,1 milhão. Até mesmo ladrões que invadiram a residência em certa ocasião ignoraram o objeto, que só foi descoberto como valioso após a morte da proprietária, em 1991, quando um familiar decidiu investigar sua origem.
O âmbar foi então vendido ao governo romeno e enviado para análise no Museu de História de Cracóvia, na Polônia. Especialistas confirmaram que a peça tem entre 38 e 70 milhões de anos e é considerada um tesouro nacional. Desde 2022, está exposta no Museu Provincial de Buzău, no mesmo condado onde foi originalmente encontrada, próximo ao rio Buzău, região conhecida por seus depósitos de âmbar.
O âmbar, uma resina vegetal fossilizada, é altamente valorizado como gema preciosa devido à sua coloração vítrea e tons intensos. A variedade encontrada em Colți, chamada de rumanita, é especialmente cobiçada por seu tom avermelhado. A descoberta reforça a importância histórica e geológica da região, onde a extração de âmbar ocorre desde a década de 1920.