Durante o Pessach, festividade judaica que celebra a libertação dos hebreus da escravidão no Egito, israelenses enfrentam um paradoxo: comemorar a liberdade enquanto 59 reféns permanecem em Gaza desde o ataque de 7 de outubro de 2023. A data, marcada por alegria e restrições alimentares, como o consumo de pão ázimo (matzá), também simboliza resistência e memória coletiva. Enquanto famílias se preparam para a tradicional leitura da Hagadá e refeições simbólicas, a guerra em curso lança uma sombra sobre a celebração, destacando a fragilidade da liberdade em tempos de conflito.
A sociedade israelense vive um momento de tensão, com rumores sobre a viagem repentina de seu primeiro-ministro aos Estados Unidos para discutir tarifas e possíveis pressões pelo fim da guerra. Enquanto isso, o Pessach inspira tanto observantes quanto judeus seculares a renovarem seus lares, seja através de rituais religiosos ou de uma “limpeza energética”. A festa, que une tradição e reflexão, ganha contornos ainda mais profundos diante do cenário atual.
A celebração, que inclui o maror (ervas amargas) para lembrar os anos de escravidão, também serve como um momento de gratidão pela liberdade — um conceito que, hoje, ressoa de maneira dolorosa para muitos. O texto conclui com um desejo de que os dias de Pessach tragam luz e boas notícias, não apenas para Israel, mas para o mundo todo, em meio a um período marcado por incertezas e esperança.