O Partido da Renovação Democrática (PRD) comunicou o cancelamento imediato da filiação de um ex-presidente, seguindo a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para o início do cumprimento de pena em regime fechado. A legenda afirmou que a filiação só foi identificada após a decisão judicial e destacou que a medida foi baseada no artigo 15 da Constituição, que suspende direitos políticos em casos de condenação criminal transitada em julgado. A decisão é automática e não requer deliberação interna.
O caso envolve uma condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ligada a operações anteriores, com acusações de recebimento de valores ilícitos em contratos públicos. O ex-presidente havia disputado as eleições estaduais em 2022 por outro partido, posteriormente incorporado ao PRD. A fusão foi homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral no início deste ano.
A ordem de prisão foi emitida após a rejeição dos últimos recursos da defesa, com base na jurisprudência que permite o início imediato da pena quando há indícios de protelação. O ex-presidente permanecerá detido enquanto o plenário do STF analisa um pedido para converter a prisão em domiciliar, alegando questões de saúde. O episódio marca mais um desdobramento em uma trajetória política marcada por controvérsias.