O Partido da Renovação Democrática (PRD) comunicou o cancelamento imediato da filiação de um ex-presidente após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o início do cumprimento de pena em regime fechado. A legenda afirmou que a filiação só foi identificada após a decisão judicial e justificou a medida com base no artigo 15 da Constituição, que suspende direitos políticos em casos de condenação definitiva. A decisão é automática e não requer deliberação interna.
O caso envolve uma condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relacionada a contratos entre uma subsidiária da Petrobras e uma construtora. O ex-presidente, que disputou as eleições estaduais em 2022 por outro partido antes da fusão com o PRD, teve seus recursos judiciais rejeitados, levando à ordem de prisão. O ministro relator destacou que a execução da pena foi autorizada devido ao uso de recursos considerados protelatórios.
A decisão marca mais um capítulo em uma trajetória política marcada por controvérsias, incluindo um impeachment nos anos 1990. Enquanto isso, o plenário do STF ainda analisa um pedido da defesa para converter a pena em prisão domiciliar, alegando questões de saúde. O partido reforçou que a medida segue os preceitos legais, sem necessidade de discussão interna.