Parlamentares ouvidos avaliaram que seria precipitado o governo romper com deputados do Centrão que assinaram o pedido de urgência para o projeto de anistia aos envolvidos em eventos de 8 de janeiro. Eles argumentam que o Executivo precisa manter a base aliada para evitar dificuldades na aprovação de projetos. O líder do PT na Câmara afirmou que os signatários decidiram romper com o governo, mas outros parlamentares destacam que a posição da ministra das Relações Institucionais é de diálogo, evitando uma crise política.
Apesar das tensões, mais da metade das assinaturas no requerimento é de partidos do Centrão que ocupam ministérios, como União Brasil, PP, PSD, Republicanos e MDB. Líderes da base governista afirmam que um rompimento com esses parlamentares, que representam um terço da Câmara, prejudicaria a governabilidade. Eles ressaltam que o pedido de urgência não garante a aprovação do projeto, e a estratégia atual é negociar para preservar a coalizão.
Além da discussão sobre a anistia, há insatisfação entre partidos da base, que reclamam de desprestígio e tratamento desigual pelo governo. Parlamentares aliados criticam a distribuição de cargos, especialmente em relação a partidos menores, como o Podemos, que teriam influência desproporcional. O clima de descontentamento sugere desafios adicionais para o governo, que precisa equilibrar interesses para manter apoio no Congresso.