O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) firmou uma parceria para ampliar o acesso a insulinas análogas, usadas no tratamento de diabetes tipo 2, doença que afeta 10,2% da população brasileira, cerca de 20 milhões de pessoas. O acordo, envolvendo a empresa Biomm e a farmacêutica chinesa Gan&Lee, visa reduzir a dependência externa do país por meio de uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) da insulina glargina. A meta é produzir e entregar 20 milhões de frascos ainda em 2025, com embalagem feita no Brasil.
Inicialmente, a produção será realizada na fábrica da Biomm em Nova Lima (MG), que recentemente retomou a fabricação de insulina no país após duas décadas. A tecnologia será transferida da Gan&Lee para o Brasil por meio de Biomanguinhos, com o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) sendo produzido integralmente na planta da Fiocruz em Eusébio (CE), a primeira do tipo na América Latina. Essa etapa marca um avanço na autossuficiência do país no setor.
Em até 10 anos, a produção poderá chegar a 70 milhões de unidades anuais, suficiente para atender à demanda nacional por insulina glargina. O projeto reforça a estratégia do Ministério da Saúde de fortalecer a produção farmacêutica local, garantindo acesso sustentável a medicamentos essenciais para a população.
