A Vicentin, conglomerado argentino do agronegócio, enfrenta dificuldades para pagar os salários de março aos funcionários devido à paralisação de suas fábricas de esmagamento de soja. A empresa atribui o problema à falta de contratos durante seu processo de falência, o que levou clientes a atrasarem ou interromperem suprimentos essenciais. Em um memorando interno, a companhia admitiu que a situação afetou diretamente suas operações, incluindo obrigações comerciais e o pagamento de salários.
Recentemente, a Vicentin já havia atrasado os pagamentos de fevereiro, levando trabalhadores e sindicatos a entrarem em greve como forma de protesto. O secretário do sindicato afirmou que, caso os salários não sejam quitados até terça-feira (8), novas medidas serão tomadas. A crise na empresa ocorre em um momento de turbulência no setor, com o mercado global de soja enfrentando oscilações devido a tensões comerciais e retaliações envolvendo grandes players como China e EUA.
Enquanto isso, o Brasil registrou crescimento de 16,5% nas exportações de soja em março, beneficiando-se das disputas internacionais. A situação da Vicentin ilustra os desafios enfrentados por empresas em processos de falência, especialmente em um setor altamente dependente de contratos e fluxos de caixa regulares. A Forbes acompanha os desdobramentos, destacando os impactos econômicos e sociais da crise.