O Papa Francisco, conhecido por sua proximidade com os fiéis, especialmente as crianças, expressou em um livro seu desejo de realizar um milagre: curar todas as crianças que sofrem. Em “Querido Papa Francisco”, ele respondeu a cartas de crianças de todo o mundo, incluindo a pergunta de William, de 7 anos, sobre qual milagre gostaria de fazer. Francisco confessou que o sofrimento infantil é um mistério que o comove profundamente, destacando que sua resposta a essa dor é muitas vezes o silêncio ou as lágrimas, seguindo o exemplo de Jesus.
O pontífice frequentemente abordou o tema do sofrimento dos mais vulneráveis, especialmente em contextos de guerra, pobreza e doenças. Em encontros com crianças enfermas e em orações públicas, ele reforçou que a dor infantil é um “grito que se eleva a Deus” e admitiu não ter explicações racionais para tal sofrimento. Sua postura emocionada e sincera diante do tema marcou seu papado, como visto em momentos como sua internação em 2021, quando reiterou sua perplexidade diante da questão.
Além do sofrimento causado por doenças e conflitos, Francisco também enfrentou o desafio de combater abusos dentro da Igreja. Seu pontificado foi marcado por medidas inéditas, como pedidos públicos de desculpas às vítimas, expulsão de religiosos envolvidos em crimes e a criação de estruturas dedicadas à proteção de menores. Ele enfatizou que a Igreja não pouparia esforços para levar os culpados à Justiça, demonstrando um compromisso claro com a transparência e a responsabilidade.