O Papa Francisco teve um papel significativo no fortalecimento da presença do Brasil no cenário da santidade católica, sendo o pontífice que mais canonizou brasileiros. Entre os reconhecidos estão figuras como Irmã Dulce dos Pobres, a primeira santa nascida no país, e os 30 mártires de Cunhaú e Uruaçu, além do jesuíta José de Anchieta. Essas canonizações destacam trajetórias de pessoas comuns cujas vidas e obras foram elevadas como exemplos de fé e virtude, aproximando o catolicismo da realidade cotidiana dos fiéis.
O processo de canonização, que envolve quatro etapas — servo de Deus, venerável, beato e santo — foi aplicado a 33 santos brasileiros sob o pontificado de Francisco. Além disso, ele beatificou sete pessoas no país e reconheceu milagres atribuídos a figuras como Madre Teresa de Calcutá e Carlo Acutis. Essas ações reforçaram uma visão de Igreja mais próxima das “periferias existenciais”, valorizando histórias que inspiram esperança e devoção.
O legado de Francisco no Brasil vai além das canonizações, refletindo uma mensagem de inclusão e reconhecimento da diversidade religiosa. Segundo especialistas, sua abordagem destacou a importância de figuras locais que viveram virtudes cristãs de forma exemplar, tornando a santidade algo mais acessível e identificável para os fiéis. Sua morte deixou questões sobre o futuro da Igreja, mas seu impacto no país permanece como um marco na história do catolicismo brasileiro.