O papa Francisco, nascido na Argentina, cultivou uma relação próxima com o Brasil desde o início de seu papado. Sua primeira viagem apostólica, em julho de 2013, foi ao país para a 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), realizada no Rio de Janeiro, marcando o primeiro evento do tipo em uma nação de língua portuguesa e o segundo na América do Sul. Durante a visita, ele destacou a calorosa acolhida dos brasileiros e, em tom descontraído, brincou que “Deus é brasileiro”, simbolizando a afinidade com o país que abriga a maior população católica do mundo.
Antes de se tornar papa, Jorge Mario Bergoglio já havia visitado o Brasil em 2007, como cardeal, para participar da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida (SP). Na ocasião, liderou a redação do documento final, que abordou temas como a Amazônia e as populações tradicionais. Anos depois, já como pontífice, retornou a Aparecida para visitar a basílica antes de seguir para o Rio, onde esteve em comunidades carentes e hospitais, reforçando seu compromisso com os mais vulneráveis.
A JMJ de 2013 reuniu milhões de fiéis, especialmente na missa final em Copacabana, consolidando-se como um marco em seu pontificado. Francisco ainda humorou sobre a rivalidade entre Brasil e Argentina, afirmando que ela estava “superada”, já que o papa era argentino e Deus, brasileiro. Sua passagem pelo país deixou um legado de afeto e diálogo, refletindo sua visão de uma Igreja mais acolhedora e próxima das pessoas.