O Papa Francisco, falecido na segunda-feira (21) aos 88 anos, foi um defensor da inclusão e dos direitos das mulheres, destacando seu papel essencial na promoção da paz e no combate à violência. Em discursos como o de ano novo em 2024, ele afirmou que as mulheres poderiam ajudar a construir uma ordem mundial mais pacífica, além de condenar veementemente a violência de gênero. Francisco também enfatizou a importância das mulheres na família e na sociedade, chamando-as de fundamentais para o progresso humano.
Durante seu pontificado, o Papa fortaleceu a presença feminina no Vaticano, elevando mulheres a cargos de liderança e garantindo seu direito de voto em reuniões de bispos. Nomeações históricas, como a de Simona Brambilla para comandar um departamento importante e Barbara Jatta para os Museus do Vaticano, marcaram seu compromisso com a igualdade de gênero, mesmo mantendo a proibição do sacerdócio feminino. Francisco afirmou que, sempre que uma mulher assumia uma posição de responsabilidade, as coisas melhoravam.
Além de suas ações institucionais, Francisco foi pioneiro em gestos simbólicos, como incluir mulheres, muçulmanos e não cristãos na cerimônia do Lava-pés, realizada em prisões e asilos. Sua postura progressista e humanista o consolidou como uma figura que valorizou a diversidade e a dignidade das mulheres, deixando um legado de inclusão e acolhimento.