O papa Francisco, falecido na madrugada desta segunda-feira, 21, aos 88 anos, marcou seu pontificado por uma postura progressista e aberta à diversidade dentro da Igreja Católica. Entre suas ações menos convencionais, destacou-se a participação no álbum “Wake up!”, lançado em 2015, que mesclava mensagens do pontífice com arranjos de rock progressivo. O projeto, idealizado pelo produtor Don Giulio Neroni, buscava conectar a tradição religiosa à música contemporânea, ampliando o alcance das pregações de Francisco.
O disco, que incluiu trechos de sermões em vários idiomas, incluindo português, contou com a colaboração de músicos como Tony Pagliuca, ex-integrante da banda italiana Le Orme. A faixa principal, “Wake up! Go! Go! Forward!”, usava um discurso do papa na Coreia do Sul em 2014, acompanhado por um instrumental inspirado no rock dos anos 1970. O álbum alcançou a 50ª posição nas paradas cristãs dos EUA e o 4º lugar na categoria world music, destacando-se como uma iniciativa única no Vaticano.
Francisco morreu devido a um acidente vascular cerebral e colapso cardiocirculatório, menos de um mês após alta hospitalar por pneumonia bilateral. Sua última aparição pública foi durante a missa de Páscoa no Vaticano, onde saudou fiéis. Seu legado inclui não apenas avanços no diálogo religioso, mas também uma ousadia criativa que renovou a expressão da fé católica.