Um caso recente no Pantanal mato-grossense destacou os riscos da convivência entre humanos e animais selvagens. Um caseiro de 60 anos foi morto por uma onça-pintada que, segundo relatos, havia se acostumado com a rotina do local e monitorava seus movimentos. O animal, um macho de 94 kg, foi capturado e levado para um centro de reabilitação, enquanto autoridades investigam se a escassez de alimentos ou comportamento defensivo motivaram o ataque.
Durante as buscas, a mesma onça tentou proteger os restos mortais da vítima, arrastando o corpo por mais de 50 metros. O incidente chamou a atenção para a necessidade de maior conscientização sobre interações com a fauna silvestre. O governo de Mato Grosso do Sul anunciou uma campanha para orientar moradores e turistas, destacando práticas perigosas, como alimentar animais ou se aproximar demais de áreas habitadas por predadores.
A campanha focará em regiões do Pantanal com alto fluxo de turismo, como pesqueiros e safáris fotográficos. O governador Eduardo Riedel enfatizou a importância de protocolos seguros, já que a crescente presença humana em áreas antes isoladas exige medidas preventivas. O caso serve como alerta para os desafios de equilibrar preservação ambiental e segurança em um bioma cada vez mais frequentado por visitantes.