Nos primeiros meses da pandemia, com o lockdown em vigor, o mercado imobiliário viveu um movimento marcante: moradores de grandes cidades buscavam propriedades em áreas rurais ou litorâneas, priorizando espaços maiores, jardins e proximidade com a natureza para adaptar-se ao trabalho remoto. A tendência refletia uma mudança nos valores, com muitos dispostos a deixar os centros urbanos em busca de qualidade de vida.
Cinco anos depois, os dados mostram que esse cenário está se invertendo. Propriedades à beira-mar parecem ter perdido parte do brilho, e a demanda por fuga das cidades diminuiu significativamente. O mercado imobiliário, que havia sido remodelado pela pandemia, agora retoma padrões mais próximos aos anteriores, com os centros urbanos recuperando atratividade.
Especialistas sugerem que a reversão pode estar ligada ao retorno parcial aos escritórios, à revitalização da vida cultural nas cidades e à saturação de preços em regiões costeiras. Embora o desejo por espaços amplos e natureza permaneça, a praticidade e a dinâmica urbana voltam a pesar na decisão dos compradores.