O governo do Panamá afirmou que os Estados Unidos reconheceram sua soberania sobre o Canal do Panamá durante a visita do secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth, ao país. Declarações conjuntas em inglês e espanhol destacaram o aprofundamento da cooperação em segurança, mas a versão panamenha incluiu uma menção específica ao reconhecimento da soberania, omitida no comunicado do Pentágono. O encontro ocorreu após tensões recentes, com acusações de influência chinesa na hidrovia, negadas pelo Panamá.
A visita também marcou a assinatura de novos acordos para treinamento militar de tropas dos EUA em território panamenho, embora o governo local tenha reafirmado que não permitirá bases militares permanentes. Hegseth enfatizou a importância estratégica do canal e defendeu uma colaboração para conter a influência chinesa, enquanto o presidente José Raúl Mulino tem alinhado sua política externa aos interesses norte-americanos, incluindo a saída do Panamá de iniciativas lideradas pela China.
Apesar da aproximação, o Panamá manteve resistência a negociações diretas sobre o canal, rejeitando pressões externas. O governo local também tem cooperado com os EUA em questões migratórias, mas reforçou sua posição soberana sobre a hidrovia, um tema sensível desde a devolução do controle ao país em 1999.