Os pais de uma criança de quatro anos diagnosticada com a síndrome de Shashi-Pena, uma condição neurológica que causa atraso no desenvolvimento psicomotor e deficiência intelectual, denunciaram uma escola particular em Itatiba (SP) por capacitismo. Segundo a família, a instituição solicitou a remoção do aluno alegando que os funcionários não sabiam como lidar com ele, além de citar supostos comportamentos agressivos que afetariam outros alunos e professores. A mãe relatou que a escola admitiu não ter estrutura para atender às necessidades da criança, mas os pais contestaram a decisão, destacando que outros alunos e familiares haviam acolhido o menino sem problemas.
A criança, que tem idade cognitiva equivalente a dois anos, apresenta dificuldades de comunicação e pode ficar frustrada quando não compreendida, mas a família enfatiza que ela não é agressiva. Um terapeuta que acompanha o caso explicou que a rotatividade de estagiários na escola prejudicou a adaptação do menino, já que estratégias de manejo requerem consistência. A instituição se comprometeu a fornecer um relatório detalhando as limitações estruturais, mas, até o momento, não o entregou.
Em nota, a escola afirmou que segue as normas legais de inclusão e que seus educadores passam por treinamentos constantes. A instituição também destacou que mantém sigilo sobre o caso devido à envolvimento de uma criança, mas garantiu que está colaborando com as autoridades. O caso foi registrado na delegacia de Itatiba, enquanto a família busca uma solução que respeite os direitos do menino à educação inclusiva.