Um pai da cidade de Seminole, no Texas, afirmou não se arrepender de não ter vacinado sua filha de 8 anos, que morreu vítima de sarampo. Em entrevista a um site ligado a movimentos antivacina, ele declarou que, se tiver outros filhos no futuro, também não os vacinará. O caso ocorre em meio a um surto da doença no estado, que já registrou duas mortes e dezenas de infecções, com taxas de imunização abaixo da média nacional.
Autoridades de saúde confirmaram que o sarampo foi a causa da morte da criança, contradizendo a versão do pai, que acusou profissionais de saúde de falhas no atendimento. O Texas é um dos epicentros do atual surto nos EUA, onde mais de 700 casos já foram registrados em 2024, ultrapassando o total do ano anterior. Comunidades com baixa adesão à vacinação, como algumas grupos religiosos, são as mais afetadas.
O sarampo, doença considerada erradicada nos EUA desde 2000, voltou a circular devido à queda nas taxas de imunização. Especialistas alertam que a cobertura vacinal abaixo de 95% compromete a imunidade de rebanho, facilitando a disseminação do vírus. Enquanto isso, o debate sobre a obrigatoriedade das vacinas continua acirrado, com crescente número de pais buscando isenções por motivos religiosos ou pessoais.