Um pai cuja filha de 8 anos morreu de sarampo no Texas afirmou publicamente que não se arrepende de não tê-la vacinado e que, se tiver outros filhos, também não os vacinará. A declaração foi feita a um site ligado a uma organização antivacina, fundada por uma figura política conhecida por suas posições contra a imunização. O caso ocorre em meio a um surto de sarampo no estado, que já registrou duas mortes e centenas de infecções, com taxas de vacinação abaixo do recomendado em algumas comunidades.
Autoridades de saúde confirmaram que a criança morreu devido ao sarampo, contradizendo a alegação do pai de que a morte foi causada por falhas médicas. O Texas é um dos epicentros do surto, que se espalhou para outros estados, incluindo Novo México e Ohio. A queda nas taxas de vacinação, impulsionada por isenções religiosas ou pessoais, tem sido apontada como uma das causas do aumento de casos.
O sarampo, doença altamente contagiosa e prevenível por vacina, havia sido considerado erradicado nos EUA desde 2000. Especialistas destacam que a imunidade de rebanho, alcançada com cobertura vacinal acima de 95%, é essencial para conter a disseminação. No entanto, a desconfiança em relação às vacinas e a disseminação de informações equivocadas têm dificultado o controle da doença, que já superou o número de casos registrados em todo o ano passado.