Dom Cristiano Sousa, padre natural de Guaratinguetá (SP), teve a oportunidade de conviver com o papa Francisco durante seus anos de serviço à Santa Sé. Inicialmente como estudante em Roma e depois como colaborador do Vaticano durante a pandemia, Cristiano descreve o pontífice como um homem de caráter forte, profundamente espiritual e compassivo. Sua atuação, segundo o religioso, humanizou a fé católica, atraindo respeito até mesmo de não-crentes.
Durante o velório do papa, realizado na Basílica de São Pedro, Dom Cristiano participou de uma missa de despedida ao lado de cardeais, incluindo Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha. Ele relatou que a experiência foi emocionante, revivendo memórias e palavras marcantes de Francisco. A cerimônia, mais simples do que as de antecessores, refletiu o estilo humilde do pontífice, que deixou um legado de abertura e misericórdia.
Nas ruas de Roma, a morte do papa gerou um sentimento de orfandade, com muitas pessoas enxergando nele uma figura paterna. Dom Cristiano destacou como Francisco influenciou não apenas a Igreja, mas também a visão da humanidade sobre si mesma. Sua despedida foi um momento de gratidão e reflexão para aqueles que, como o padre brasileiro, tiveram o privilégio de acompanhar seu trabalho de perto.