O papa Francisco proclamou beato o padre Nazareno Lanciotti, reconhecendo-o como mártir da Igreja Católica. A cerimônia de beatificação ocorreu na segunda-feira (14) e representa um passo importante em seu processo de santificação. Lanciotti foi assassinado em 2001 enquanto atuava como missionário no Mato Grosso, vítima de um ataque dentro de sua própria paróquia, onde havia celebrado uma missa. O crime, cometido por dois homens encapuzados, nunca foi totalmente esclarecido.
O padre, que tinha 61 anos à época de sua morte, dedicou décadas ao trabalho missionário no Brasil, especialmente em Jauru (MT), onde fundou comunidades, escolas e centros de saúde. Sua atuação era marcada pela defesa dos direitos humanos, incluindo denúncias contra o tráfico de drogas e a exploração de menores, o que teria motivado perseguições contra ele. A Arquidiocese de Cuiabá destacou seu legado de serviço e compromisso com a população local.
No mesmo dia, o papa Francisco também reconheceu as virtudes heroicas do arquiteto catalão Antoni Gaudí, famoso pela Sagrada Família. A beatificação de Lanciotti reforça o reconhecimento da Igreja a figuras que dedicaram suas vidas à fé e ao serviço social, mesmo em contextos de risco. Seu caso segue como um símbolo de resistência e devoção para comunidades católicas no Brasil e no mundo.