Uma paciente de 53 anos, submetida a um transplante experimental de rim de porco geneticamente modificado, teve o órgão removido após quatro meses devido a rejeição aguda. O procedimento, realizado no NYU Langone Health em Nova York, representou um marco, já que o rim funcionou por 130 dias — um recorde para esse tipo de intervenção. A mulher, que já havia doado um rim para sua mãe em 1999 e dependia de diálise há oito anos, viu a técnica como uma esperança para escapar da longa espera por um doador compatível.
Apesar do sucesso inicial, a função renal começou a declinar no início de abril, levando à remoção do órgão. A paciente expressou gratidão pelo tempo livre que teve sem diálise, destacando que, mesmo com o resultado não ideal, a experiência trouxe avanços significativos para a medicina. O caso reforça os desafios da xenotransplante, mas também demonstra progresso em um campo que pode revolucionar a doação de órgãos.
O transplante, realizado em novembro de 2024, foi acompanhado de perto por especialistas, incluindo o cirurgião responsável, que destacou a importância do caso para pesquisas futuras. Embora a rejeição tenha ocorrido, o tempo recorde de funcionamento do rim abre caminho para novos estudos e ajustes na técnica. O hospital ressaltou que, apesar do contratempo, o experimento representa um passo crucial no combate à escassez crônica de órgãos para transplante.