A onda conservadora que levou à revogação da decisão Roe v Wade nos Estados Unidos está ganhando força na Europa, colocando os direitos das mulheres em risco. Com a influência de grupos financiados pela direita cristã, políticas restritivas ao aborto e outras medidas autoritárias, reminiscentes do romance distópico “The Handmaid’s Tale”, estão sendo discutidas em solo europeu. A preocupação é que, assim como nos EUA, esses movimentos possam avançar silenciosamente, ameaçando conquistas históricas das mulheres.
Em novembro de 2024, um debate na Oxford Union destacou os impactos da queda de Roe v Wade, com participação de uma representante de um grupo conservador ligado ao caso. A organização em questão, classificada como anti-LGBTQ+ por entidades de monitoramento, tem atuado ativamente para restringir direitos reprodutivos. O caso Dobbs v Jackson, que anulou a proteção federal ao aborto nos EUA, serve como alerta para o que pode acontecer em outras democracias ocidentais.
A situação nos EUA, onde uma agenda nacionalista cristã está remodelando políticas públicas, pode ser um prenúncio do que está por vir no Reino Unido e na Europa. A falta de atenção ao tema pode levar a uma erosão gradual dos direitos das mulheres, com consequências irreversíveis. A vigilância e a mobilização social são essenciais para evitar que a ficção distópica se torne realidade.