Pela primeira vez, o ouro superou a marca de US$ 3.500 por onça, refletindo a forte demanda por ativos seguros em meio à volatilidade dos mercados. Nos Estados Unidos, os principais índices, como S&P 500 e Nasdaq, tiveram quedas significativas, com um dia descrito como “banho de sangue” por analistas. O cenário foi agravado pela desconfiança dos investidores em relação às políticas econômicas do governo americano, incluindo tensões comerciais e críticas públicas ao Federal Reserve.
A instabilidade foi amplificada pelos ataques verbais ao presidente do Fed, Jerome Powell, que geraram incertezas sobre a autonomia da instituição. Isso levou a um movimento raro no mercado: a queda simultânea do dólar e o aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano. Além disso, os ativos brasileiros negociados em Nova York, como ADRs, também sentiram o impacto, com quedas expressivas.
Embora as bolsas americanas tenham mostrado sinais de recuperação, analistas veem o movimento como uma correção temporária, enquanto o ouro continua a atrair investidores em busca de proteção. O metal surge como alternativa ao dólar, que perdeu parte de seu status como ativo seguro diante das incertezas políticas e econômicas. O clima de cautela persiste, com mercados globais atentos aos próximos desdobramentos.