Os preços do ouro registraram queda nesta segunda-feira (14), após atingirem um patamar recorde na semana passada. O recuo ocorreu em meio a uma aparente trégua nas tensões tarifárias envolvendo os EUA, o que renovou o apetite por ativos de risco no mercado. Na Comex, divisão da Nymex, o contrato para junho cedeu 0,56%, fechando a US$ 3.226,3 por onça-troy. Analistas destacam que, apesar do movimento de baixa, o metal segue sustentado por fatores como a desvalorização do dólar, fluxos para ETFs e a busca por ativos seguros em um cenário de incertezas comerciais.
Especialistas ponderam que a isenção de tarifas para alguns eletrônicos pode ter reduzido temporariamente a demanda por proteção, mas os fundamentos para o ouro permanecem sólidos. A fraqueza do dólar, os rendimentos baixos e a liquidação de Treasuries continuam a favorecer o metal. Embora alguns analistas vejam espaço para uma consolidação após o rally recente, as expectativas de recuperação no longo prazo seguem intactas, com o Goldman Sachs projetando um preço de US$ 3.700 até o final de 2025.
O mercado agora aguarda discursos de autoridades do Federal Reserve e dados de vendas no varejo dos EUA, que podem influenciar a trajetória do dólar e do ouro. Além disso, medidas do Banco Central da China, como a ampliação de cotas de importação, reforçam a demanda global por ativos seguros. Com alta acumulada de mais de 20% no ano, o ouro se consolida como um dos melhores desempenhos em 2025, mantendo seu papel de refúgio em meio às incertezas econômicas e geopolíticas.