Os preços do ouro caíram nesta segunda-feira (14), após atingirem um novo recorde na semana passada. A queda ocorreu em meio a uma aparente trégua nas tensões tarifárias envolvendo eletrônicos de consumo, renovando o interesse por ativos de risco. Na Comex, o contrato para junho recuou 0,56%, fechando a US$ 3.226,3 por onça-troy, após atingir uma máxima diária de US$ 3.261,6. Analistas destacam que o metal ainda é sustentado por fluxos para ETFs, desvalorização do dólar e demanda por segurança, embora a isenção de tarifas em alguns produtos tenha reduzido parte da pressão compradora.
Apesar do recuo, fatores como incertezas comerciais, dólar fraco e rendimentos baixos continuam a favorecer o ouro. Especialistas apontam que o metal pode estar sobrecomprado, justificando uma consolidação, mas as perspectivas de longo prazo permanecem positivas. O mercado aguarda discursos de autoridades do Federal Reserve e dados de varejo dos EUA nesta semana, que podem influenciar a trajetória do dólar e do preço do ouro.
Em 2025, o ouro já acumula alta de mais de 20%, sendo um dos melhores desempenhos do ano, com projeções otimistas, como a do Goldman Sachs, que elevou sua previsão para US$ 3.700 até dezembro. No cenário global, o Banco Central da China ampliou as cotas de importação do metal, refletindo a demanda crescente por ativos seguros em meio à volatilidade dos mercados.