O ouro atingiu um novo recorde histórico nesta quinta-feira (10), impulsionado pela demanda por ativos seguros diante das preocupações com o impacto das tarifas comerciais na economia global. O metal subiu até 3%, chegando a US$ 3.175,07 por onça, superando o pico anterior registrado no início do mês. Apesar dos dados mais fracos de inflação nos EUA, que sinalizaram alívio para os consumidores, o mercado financeiro permanece cauteloso com a implementação de tarifas adicionais, que podem pressionar os preços e aumentar a volatilidade.
O ambiente de incerteza foi agravado pela pausa de 90 dias decretada pelo governo dos EUA no aumento de tarifas, além das altas taxas impostas às importações chinesas, que chegaram a 145%. Essas medidas aumentaram o ceticismo em relação a um acordo comercial rápido, mantendo os investidores em alerta. Enquanto isso, o mercado passou a precificar cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve até o fim do ano, o que tende a favorecer o ouro, um ativo que não rende juros.
A valorização do metal no ano já acumula alta de 21%, impulsionada também pelas expectativas de afrouxamento monetário e pelas compras de bancos centrais. Analistas mantêm otimismo em relação ao ouro, destacando que a possível atuação do Fed pode levar a novas altas. Enquanto isso, o dólar recuou pelo terceiro dia consecutivo, e outros metais, como prata e platina, tiveram desempenhos mistos. O cenário reforça o papel do ouro como reserva de valor em tempos de instabilidade.