Os preços do ouro fecharam em alta nesta quarta-feira, 9, aproximando-se dos patamares recordes registrados recentemente. O metal foi impulsionado pela busca por ativos seguros, diante do aumento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. O contrato para junho na Comex subiu 2,98%, fechando em US$ 3.086,2 por onça-troy, após atingir um pico de US$ 3.117,1 durante o dia.
Analistas destacam que o ouro tem se beneficiado da aversão ao risco causada pelos planos tarifários e pelas retaliações entre as duas maiores economias do mundo. Além disso, a expectativa de desvalorização do yuan chinês, que atingiu mínimas históricas, também contribuiu para o movimento de alta. O metal é visto como uma proteção contra a instabilidade, com ganhos acumulados de mais de 17% em 2025, reforçando seu status como um dos ativos de melhor desempenho do ano.
A demanda chinesa pelo ouro, tanto de consumidores quanto do banco central, tem sido um fator relevante para a valorização do metal. Apesar da liquidação global observada na semana passada, o ouro mantém sua trajetória de alta, com projeções revisadas pelo Deutsche Bank indicando um preço de US$ 3.139 até o final de 2025. O cenário de incertezas comerciais e econômicas continua a sustentar o apetite pelos ativos de refúgio.