A eleição presidencial no Equador terminou com a vitória do atual presidente Daniel Noboa, que obteve 55,6% dos votos, contra 44,3% da candidata de esquerda Luisa González. A oposição, liderada por González, denunciou irregularidades, como atas eleitorais sem assinaturas e discrepâncias entre pesquisas e resultados oficiais. Além disso, críticas foram direcionadas ao Estado de Exceção decretado por Noboa um dia antes da votação, que suspendeu direitos fundamentais e instituiu toque de recolher em várias regiões, medida justificada pelo governo como necessária para conter a violência.
Especialistas consultados destacaram que o clima de polarização e ações autoritárias podem ter influenciado o resultado, ampliando a diferença de votos entre os turnos. Observadores internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), afirmaram que a votação transcorreu sem irregularidades, mas a oposição insiste em pedir uma recontagem dos votos, alegando indícios de fraude. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) defendeu a legitimidade do processo, afirmando que os resultados refletem a vontade popular.
A vitória de Noboa reforça a tendência de avanço da extrema-direita na América Latina, aprofundando divisões ideológicas na região. Analistas apontam que o governo equatoriano deve endurecer políticas de segurança, seguindo exemplos como o de El Salvador. Com um mandato de quatro anos pela frente, Noboa terá a oportunidade de implementar suas políticas em um país marcado por desafios econômicos e de criminalidade, enquanto a oposição continua a contestar os resultados.