Políticos da oposição ao governo federal manifestaram forte crítica à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que condenou uma mulher de 39 anos a 14 anos de prisão por pichar a estátua “A Justiça” com batom, durante os eventos de 8 de janeiro. A ação, que incluía a frase “perdeu, mané” — referência a uma declaração do presidente da Corte em 2022 —, foi enquadrada em cinco crimes, como associação criminosa armada e tentativa de golpe. Parlamentares argumentaram que a pena é excessiva e simboliza uma resposta desproporcional do sistema judiciário.
Entre as vozes críticas, destacaram-se comparações entre a condenação da mulher e penas aplicadas em casos de corrupção, consideradas mais brandas. Um senador afirmou que a decisão é “cruel e injusta”, enquanto outros questionaram o enquadramento dos crimes, ironizando a menção a “golpe violento” por um ato envolvendo batom. A divergência também se refletiu no próprio STF, onde ministros propuseram penas variando de 1 ano e 6 meses a 14 anos.
O caso reacendeu debates sobre a atuação do Judiciário e a polarização política no país. Alguns parlamentares chegaram a classificar as instituições como “corrompidas”, defendendo a necessidade de reformas. A discussão envolve tanto a legalidade da condenação quanto seu impacto simbólico, com críticos alegando que o rigor da sentença contrasta com outras situações de suposta impunidade.