Líderes da oposição e do PL decidiram retomar a obstrução das votações na Câmara após o presidente da Casa, Hugo Motta, declarar que não analisará o pedido de urgência para o projeto que trata da anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro. O requerimento, assinado por 262 deputados, incluindo membros da base governista, foi defendido pelos líderes partidários, que criticaram a decisão e afirmaram que não recuarão até que o tema seja pautado.
A decisão de Motta ocorreu após reunião com líderes partidários e um encontro com o presidente Lula. Os críticos consideraram a medida um “erro grosseiro” e esperam revisão na próxima semana. No entanto, o PL afirmou que não obstruirá o processo que envolve a possível cassação de um deputado, atualmente sob análise da CCJ.
O impasse reflete a tensão política em torno do tema, com a oposição pressionando por agilidade na votação, enquanto o governo busca evitar avanços no projeto. A situação deve ampliar os debates sobre o equilíbrio entre justiça e anistia no Congresso.