Quatro magistrados afastados por suspeita de envolvimento em um esquema de venda de sentenças retornaram ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul após 180 dias de afastamento. O afastamento havia sido determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para preservar a confiança pública e interromper possíveis práticas criminosas. Com a transferência do inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro relator não renovou a medida, permitindo o retorno dos desembargadores, que continuaram recebendo seus salários normalmente.
A investigação, batizada de Operação Ultima Ratio, apura supostas negociações de decisões judiciais por meio de familiares dos magistrados, principalmente filhos que atuam como advogados. Segundo a Polícia Federal, os suspeitos teriam usado escritórios de advocacia para receber pagamentos de forma discreta. Além disso, foram identificados vínculos societários entre as famílias e decisões que beneficiaram clientes dos envolvidos.
O caso tramita no STF devido à possível participação de servidores ligados a ministros do STJ, embora não haja indícios contra os próprios ministros. O inquérito continua em andamento, enquanto as autoridades buscam esclarecer a extensão do esquema e suas conexões.