A Operação Sem Desconto, que revelou descontos indevidos de até R$ 8 bilhões em benefícios de aposentados e pensionistas, levou à queda do presidente do INSS e destacou o longo histórico de fraudes no órgão. Desde sua criação em 1990, o INSS tem sido alvo de esquemas variados, como o caso emblemático de uma procuradora envolvida em um desvio bilionário nos anos 1990. Recentemente, operações da Polícia Federal mostram que as irregularidades persistem, com métodos como “mortos-vivos”, “idosos de aluguel” e falsificação de documentos, causando prejuízos milionários.
Ao longo dos anos, as fraudes envolveram servidores, advogados, médicos e intermediários, com esquemas que vão desde a reativação de benefícios de falecidos até a concessão irregular de aposentadorias. Em 2025, operações como Mandatum, Melhor Idade e Ribaldo expuseram novas modalidades de crimes, incluindo falsificação de atestados e identidades fictícias. O prejuízo acumulado chega a centenas de milhões de reais, evidenciando desafios contínuos na fiscalização do sistema previdenciário.
Apesar das ações de combate, a recorrência dos casos sugere falhas estruturais no INSS, que já viu vários de seus presidentes serem afastados por suspeitas de irregularidades. Enquanto autoridades reforçam operações para coibir os crimes, a população aguarda medidas mais eficazes para proteger os recursos destinados aos beneficiários legítimos. O cenário reforça a necessidade de transparência e aprimoramento dos controles internos do órgão.