A Polícia Federal no Paraná identificou indícios de que um investigado na Operação Mafiusi pode ter sido alertado antes da deflagração da ação, que mirava o tráfico internacional de drogas. O suspeito, apontado como elo entre um grupo criminoso brasileiro e uma organização mafiosa italiana, deixou sua residência um dia antes das buscas e permaneceu foragido por mais de um mês. Segundo o relatório, a ausência de dispositivos eletrônicos e veículos no local reforça a suspeita de que houve tentativa de obstruir a investigação.
A operação, que investiga ligações entre organizações criminosas, também apontou a participação de um segundo indivíduo, acusado de auxiliar na fuga do investigado principal. Ambos foram alvos de pedidos de prisão, mas um deles está solto após a revogação da medida. As investigações destacam movimentações financeiras bilionárias e o uso de portos no Brasil e no exterior para o transporte de drogas, além de supostos homicídios relacionados a disputas no esquema.
O advogado do investigado principal nega as acusações, afirmando que seu cliente é inocente e vítima de perseguição. A reportagem não obteve resposta do segundo indivíduo mencionado. A PF reforça que continuará apurando possíveis vínculos entre o grupo criminoso e servidores públicos, visando garantir a efetividade das investigações.