Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) investigou um esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, totalizando R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Mais de 130 mil pessoas tiveram valores descontados sem autorização, como se tivessem firmado convênios com empresas suspeitas. Três indivíduos foram presos, e outros três estão foragidos, enquanto bens como carros de luxo, joias e dinheiro foram apreendidos.
As investigações, iniciadas em 2023, identificaram que mais de 90% dos aposentados entrevistados não autorizaram os descontos, que cobriam serviços como planos de saúde e academias. Onze entidades foram autuadas por falta de estrutura para oferecer tais serviços. A CGU anunciou a suspensão dos acordos de cooperação técnica para reorganizar o sistema e permitir descontos apenas para quem autorizar expressamente.
O caso foi levado ao presidente da República, e o governo demonstrou irritação diante do novo desafio. A operação mobilizou 700 policiais federais e 80 servidores da CGU, cumprindo 211 mandados em 13 estados. Além do afastamento do presidente do INSS, outros cinco servidores públicos foram removidos de seus cargos. Ajustes no sistema devem permitir que os aposentados solicitem a revisão dos descontos aplicados irregularmente.