O ministro da Justiça destacou nesta quarta-feira (23) uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) contra desvios bilionários em aposentadorias e pensões do INSS. Segundo as investigações, criminosos se apropriaram indevidamente de parte dos benefícios entre 2019 e 2024, totalizando R$ 6,3 bilhões em prejuízos. As vítimas, em sua maioria idosos, não autorizaram os descontos, que foram realizados por meio de falsificações e artifícios fraudulentos.
O governo federal foi alertado sobre o caso, e as apurações administrativas, iniciadas em 2023, evoluíram para uma investigação criminal neste ano. Autoridades afirmaram que as entidades responsáveis pelos descontos não possuíam estrutura para oferecer os serviços prometidos, e a maioria dos aposentados entrevistados não reconheceu a autorização dos valores retirados.
A CGU auditou 1,3 mil beneficiários e 29 entidades, constatando que a fraude se baseou em falsificações e na falta de consentimento das vítimas. O caso chamou a atenção do mais alto nível do governo, que demonstrou preocupação com o avanço das investigações. A operação visa proteger os aposentados, considerados especialmente vulneráveis a esse tipo de crime.