Dez pessoas foram denunciadas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) por envolvimento em um esquema criminoso na administração pública de Água Clara (MS). Segundo o Ministério Público, o grupo fraudava licitações, desviava recursos e falsificava documentos entre 2022 e 2025. Empresas controladas pelos investigados venciam processos licitatórios com propostas superfaturadas, enquanto servidores públicos recebiam propina para facilitar os pagamentos, em contratos que somavam mais de R$ 68 milhões.
As investigações, iniciadas em 2023 durante a Operação Turn Off, revelaram que os envolvidos manipulavam certames para beneficiar empresas ligadas ao esquema. Servidores públicos atestavam falsamente o recebimento de produtos e aceleravam trâmites administrativos para liberar pagamentos. O prejuízo aos cofres públicos foi significativo, com contratos que ultrapassavam R$ 10 milhões.
O processo tramita na Vara Única de Água Clara, e os denunciados têm prazo de dez dias para apresentar suas defesas. Entre os investigados estão empresários e servidores públicos de secretarias municipais. A prefeitura não se manifestou sobre o caso, e alguns dos citados afirmaram aguardar notificação oficial antes de se pronunciar. A operação destacou a atuação de uma organização criminosa que agia de forma coordenada para desviar dinheiro público.