O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu exonerar o então chefe do INSS após a Polícia Federal desvendar um esquema de descontos não autorizados em benefícios previdenciários. A operação, batizada de “Sem Desconto”, identificou irregularidades que totalizam R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, envolvendo sindicatos e servidores públicos. Além da demissão do principal responsável pelo órgão, seis outros funcionários foram afastados, e os investigados podem responder por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e violação de sigilo.
A gestão do ex-diretor do INSS já era alvo de críticas devido à incapacidade de reduzir as filas de atendimento, problema que se agravou durante sua administração. Com uma carreira consolidada no serviço público, o ex-chefe do órgão havia ocupado cargos em instituições como a Receita Federal e a Advocacia-Geral da União antes de assumir o comando do INSS. Sua exoneração foi formalizada no Diário Oficial da União após um afastamento judicial preliminar.
A operação foi conduzida em conjunto com a Controladoria-Geral da União e resultou em 211 mandados de busca e apreensão em várias regiões do país. As investigações continuam focadas nos descontos ilegais de mensalidades associativas aplicados sobre aposentadorias e outros benefícios. O caso expõe desafios na gestão previdenciária e reforça a necessidade de maior fiscalização para proteger os direitos dos beneficiários.