A Polícia Federal e promotores do Gaeco de São Paulo prenderam quatro policiais civis de Santo André acusados de integrar um esquema de corrupção. Segundo a investigação, os agentes, lotados no 6º Distrito Policial, teriam formado uma organização criminosa para cobrar propinas de influenciadores suspeitos de promover rifas ilegais nas redes sociais. A operação, batizada de Latus Actio, baseou-se em mensagens extraídas dos celulares dos investigados, que revelaram a prática sistemática de corrupção passiva.
Os promotores afirmam que os policiais usavam procedimentos de Verificação de Procedência de Informações (VPIs) como fachada para extorquir dinheiro dos investigados e seus advogados, sem que os casos resultassem em inquéritos formais. As provas incluem diálogos que mostram a negociação de propinas, além do compartilhamento de documentos sigilosos. Em algumas mensagens, há referências a pagamentos via PIX e até estratégias para evitar suspeitas, como a reutilização de números de VPIs para múltiplos casos.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Corregedoria da Polícia Civil está prestando apoio às investigações. A Justiça autorizou buscas em endereços ligados aos envolvidos e a quebra de seus sigilos bancários. O caso segue em andamento, com as defesas dos investigados tendo a oportunidade de se manifestar.