Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) desmantelou um suposto esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que desviou recursos de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. Segundo estimativas, os valores desviados chegam a R$ 6,3 bilhões, com cobranças irregulares de mensalidades associativas sem autorização dos beneficiários. Investigadores afirmam que associações envolvidas falsificavam assinaturas e ofereciam serviços inexistentes, como descontos em academias e planos de saúde.
Para verificar se houve descontos indevidos, os beneficiários podem acessar o extrato no aplicativo ou site Meu INSS. Caso identifiquem cobranças não autorizadas, é possível solicitar a exclusão da mensalidade diretamente pela plataforma ou pela central 135. Além disso, reclamações podem ser registradas no Portal Consumidor.Gov ou na Ouvidoria do INSS. O INSS entrará em contato com as entidades responsáveis para exigir a devolução dos valores ou a comprovação da autorização.
A investigação, iniciada em 2023, resultou em prisões, apreensão de bens de luxo e a demissão do presidente do INSS. Foram realizadas 211 buscas em 13 estados e no Distrito Federal, com cinco prisões confirmadas e uma pessoa foragida. A CGU constatou que 97% dos entrevistados em uma amostra de 1.300 beneficiários não autorizaram os descontos, evidenciando a escala do esquema.