O presidente do INSS foi afastado do cargo após uma operação da Polícia Federal que investiga o desvio de R$ 6,3 bilhões de benefícios previdenciários entre 2019 e 2024. A ação cumpriu mais de 200 mandados de busca e apreensão e seis prisões temporárias, além de afastar seis servidores do instituto. As investigações apontam crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos, com destaque para irregularidades em descontos de mensalidades associativas não autorizadas por aposentados.
A Controladoria-Geral da União identificou que entidades com acordos técnicos com o INSS não tinham estrutura para prestar os serviços prometidos e que a maioria dos beneficiários não havia autorizado os descontos. Como medida imediata, o governo suspendeu todos os acordos de cooperação técnica, afetando 11 entidades. Aposentados que identificarem cobranças indevidas podem solicitar a exclusão dos débitos por meio do aplicativo Meu INSS.
A operação, batizada de “Sem Desconto”, apreendeu bens de luxo, como carros, joias e quadros, cujos valores ainda estão sendo calculados. O caso levou a reuniões entre o presidente da República, o diretor-geral da PF e o ministro da CGU, destacando a gravidade das irregularidades. A demissão do presidente do INSS deve ser publicada em breve no Diário Oficial da União, marcando mais um capítulo no escândalo que abalou a autarquia.